segunda-feira, 4 de junho de 2012

Serviço Especializado para Músicos em Valença


Já está rolando na city o suporte da TMS Eletrônica e Luthieria.
Em parceria com o meu amigo de longa data o baixista Renato Nunes, a TMS do Luthier e guitarrista Tompsom Silva agora oferece seus serviços de consertos eletrônicos especializados em equipamentos musicais e de reformas em instrumentos dos mais diversos gêneros.
A TMS foi a responsável por todos os upgrades que fiz em minhas guitarras e os serviços sempre foram de primeira linha.

 A primeira experiência foi com um instrumento que já vinha comigo tinha tempo.
Achando que ele merecia (e realmente merecia) peguei meu antigo violão de família, daqueles bem antigos mesmo (acho que é da década de 30) e levei lá em Barra do Piraí porque tinha ouvido falar de uma cara que possuia as habilidades que eram necessárias pra trazer aquele instrumento de volta à vida.
Depois de muita reforma, calafetagem, e um cuidado todo especial com a madeira leve e finíssima que compõe o corpo, meu antigo violão ficou excelente.
Segundo meu amigo Marcus, o melhor violão de nylon que ele já tocou.
E segundo o Tompson, uma das reformas mais trabalhosas que ele já fez.
Mas valeu muito a pena já que este instrumento, descobri depois, era dos primórdios da famosa Casa Do Souto (então conhecida como Bandolim de Ouro) do Rio de Janeiro. Um instrumento quase mítico por sua sonoridade e construção.

Já nas guitas, a primeira foi minha amiga Ibanez AS 73.
Ganhou Seymour Duncam Vintage Blues na ponte e no braço, além de tarraxas Gotoh. As originais não seguravam bem a afinação.
Agora tá Rock and Roll total.
Essa guita caiu de cara no palco no Festival da Serra do Funil, mas aguentou o tranco. É bem verdade que ela quase cuspiu os captadores, mas com um toquinho eles voltaram pro lugar...rs. E tá na ativa cheia de gás.







Na sequência foi a vez da Tele Yamaha que comprei do Marcus Prado meu brother guitarra do Hipnotize, do Delta Mood e do Blue Ace Trio.
Salvei essa guita do infame destino de ir enfeitar uma parede.
É a guita mais versátil que tenho, desfilando uma gama de sons sem comparação.
Essa beleza ganhou um par de Seymour Duncan (como a configuração de sua irmã mais nobre  a Pacifica Mike Stern, um PAF 59 zebra no braço e um Hot Rails na ponte).
O Hot Rails foi splitado, podendo soar como single coil, a partir de um push/pull no potenciômetro do tone.
Corpo em alder e tampo em ash. Uma verdadeira "tone maker".
Completando, quis fazer a minha versão da "fool SG" do Clapton, de uma forma mais modesta, é claro, e mandei um escudo psicodélico na Tele.
A arte desenvolvi a partir de uma pintura que encontrei na net. E o escudo, liso e brilhante como um vidro, o amigo Tompson habilmente esculpiu de um pedaço de acrílico que parecia irrecuperável. Genial!




Logo depois (nem passou muito tempo de comprar uma pra comprar outra. Cuidado galera!!!! A GAS pega quando vc menos espera...rs!) veio se juntar à família uma Strato Squier Standard
Tava querendo uma guitarra só com singles pra poder ter um som diferente e achei o que queria nessa guita que, sem a menor dúvida é um clássico em relação a timbres.
Nada é igual ao som de uma Stratocaster.
Pra essa garota, várias foram as modificações.
Logo de cara, um set de Custom Shop 69 da Fender.
Não são os captadores mais rock do mercado, mas deixaram essa guiita com um "bell like sound"... um som muito característico, sendo o clean deste set uma das coisas mais lindas que já ouvi. Um som realmente antigão... bem na praia que eu curto mais.
Ela ganhou tb um bloco maciço de aço em substituição ao pobre bloco de fábrica que (pasmem!) quebrou durante a instalação de um Hipshot Tremsetter, por estar cheio de bolhas da fundição mal feita.
O tremsetter e o bloco fizeram essa guita timbrar ainda mais, aumentando o sustain e a estabilidade para usar a alavanca com menos preocupação.
Fechando, a TMS ainda instalou um nut de bronze nela, fazendo os agudos ficarem abertos e brilhantes, tornando essa guita realmente única.

Outros lances tb rolaram lá pela oficina da TMS.


Fiz o re-tube do meu Laney Cub12, trocando as válvulas Ruby de fábrica por um set de JJs.
A mudança fez uma diferença danada, dando ao amp mais médios e um balance que deixou o som mais equilibrado.
Em contrapartida, o drive diminui por conta das características de ganho médio da JJ, ao contrário do alto ganho das Ruby originais.
Este amp é espetacular! Leve, fala alto pra um 15w (é um all tube, certo?) e mesmo no modo atenuado (≤ 1W) ele fala muito.
Tem um timbre bem old school e fez a cabeça deste que vos fala, além de convencer o Marcus Prado a vender seu velho Marshall pra pegar um igual.
Segundo o Marcão, feliz da vida, a passagem pro reino mágico das válvulas foi só de ida. Quem gosta de som antigo e toca num valvulado não quer saber de outra coisa.

É isso! Quem precisar dos serviços de reparo ou quiser tunar seus equipamentos, naquela busca incansável pelo timbre perfeito, é só chegar na oficina da TMS em Valença.
Fica na rua Dr. Souza Nunes (a rua do sabão) 184, no beco ao lado do Móveis Cardozo. Contato (24) 8121-4876 / 8823-9449.
Mas não esqueça de fazer o dever de casa!
Afinal como dizem por aí, 90% do timbre está no "como" e não no "com o que" o músico toca, certo?
Abs.

6 comentários:

  1. É a melhor resposta ao que fazemos Marcelo... trabalhar com sentimento pra quem tem "feelings"!!! Tirando os ossos do ofício(!), tentamos superar as expectativas de todos. Abração e conte sempre conosco!

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    1. Beleza meu camarada!!!! Logo logo estarei por aí pra mais alguns ajustes...rs.
      Abração e sucesso pra TMS em Valença!

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  2. Que matéria excelente Marcelo! Gostei do início ao fim! Renato já nos deu um toque da qualidade indiscutível do trabalho do Tompson e com certeza iremos lá conferir também, mas esse texto foi perfeito para mostrar o trabalho dele... Parabéns pelo texto!

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    1. Opa... valeu pela força Pinheiro!!!
      Na verdade a minha pilha foi simplesmente dizer o que a TMS fez nos meus instrumentos... e nem rasgar seda, necessariamente...rs.
      E a idéia principal foi falar da experiência que tive fazendo estas alterações, servindo assim como uma referenciazinha pra quem estiver interessado em dar uns ups no equipo.
      Num post futuro, vou subir uns samples dos sons pra galera se orientar.
      Abs.

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  3. Amigo, boa tarde.
    Onde está esse Do Souto da Década de 30? ainda está bem conservado?
    Quando o dono atual quer ($$) pelo instrumento?
    meu email leonardomaximo6@gmail.com

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    1. Oi Leonardo, tudo blz?
      Olha, esse violão já não está mais comigo. Eu o vendi para um senhor de Santa Catarina, há mais ou menos 1 ano atrás. Era um instrumento fantástico, com características muito peculiares. Ele tinha sido reformado à condição (aparentemente) orifginal (verniz, calafetagem e tudo o mais) e era pra se admirar. Infelizmente não pude ficar com ele, mas acredito que esse instrumento agora faça parte de alguma coleção onde ele será apreciado da maneira correta e que não mais fique juntando poeira num case, como estava na minha casa. Obrigado pelo comentário e um forte abraço.

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